quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Parem o mundo que eu quero descer!

Como Raul, eu digo PAREM O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!!! 

Estive um pouco afastada do noticiário e do facebook, buscando forças para me recuperar de uma crise de "pânico-depressivo-anti-coxinização", e eis que retorno e vejo que tudo piorou. O "bagre ensaboado" Eduardo Cunha é o Presidente da Câmara, o STF arquivou o Trensalão tucano (os delatores dele não são tão "confiáveis" quanto no do caso da operação Lava Jato) e, ainda, há uma turminha que insiste em pedir o impeachment da Dilma. 

TRAGAM MEUS SAIS!!! AUMENTEM MINHA DOSE DE RIVOTRIL!!! 

Onde foi parar o bom senso? Desconfio que está escondido junto com a montanha de dinheiro que estes filhos da puta roubaram da Petrobrás nos últimos 50 anos!!! Agora parece que foi o PT que inventou a tal corrupção. Coloquem todos na cadeia!!! Ah, vai faltar espaço?!

E o STF arquivando o inquérito contra o José Anibal e o Rodrigo Garcia porque os depoimentos colhidos não comprovaram os indícios contra os acusados? Mas não foi este mesmo STF que condenou alguns petistas mesmo sem provas? Como tudo muda quando o acusado é da "tchurma"!!!

SOCORRO! AGORA PRECISO DE UMA DOSE DE LEXOTAN!!!

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Abobrinha Black Friday: A COISA PÚBLICA

O Governo do PT se declara um governo republicano e o que isso significa?

Em primeiro lugar, república vem do latim res publica que significa "coisa pública", "coisa do povo". Nesse sentido, um governo republicano é aquele que põe ênfase no interesse comum, no interesse da comunidade, em oposição aos interesses particulares e aos negócios privados. Sob esse ponto de vista, a república não difere somente da monarquia, mas também da aristocracia e da democracia, conceitos que ressaltam o princípio do governo: de um, de alguns ou do povo. Ao contrário, a república se volta para a finalidade do governo: o interesse (o bem) comum.

Respeitando essa premissa, todos os estados e todas as cidades são beneficiados com recursos, independentemente do partido ao qual pertença seus governantes.

Uma das inovações do governo petista é o Portal da Transparência (www.portaldatransparência.gov.br), considerado modelo no mundo. Criado em linguagem didática e cidadã, inteligível ao cidadão comum, sem senha nem cadastro, ele permite, por exemplo, saber os detalhes de cada programa federal, de cada verba e de cada beneficiário, mês a mês, nome por nome, endereço por endereço.

Ao fazermos uma rápida consulta na página de nosso município, podemos verificar que em 2014 já foram destinados para Votuporanga, reconhecidamente um reduto tucano, a módica bagatela de R$ 51.123.599,35, até o mês de outubro, incluindo os repasses definidos por lei e os convênios.

Ao acessarmos o link “cadastro de convênios”, teremos acesso a 14 páginas, relacionando todos os convênios firmados entre 1996(*) e 2014. Ou seja, não é pouca coisa não. Evidentemente, que temos que considerar o trabalho dos deputados federais, tanto da região, quanto do Estado, que reconhecem a necessidade dos investimentos ou dos gastos de manutenção, visando sempre o bem comum, e vão em busca dos recursos.




Mas podia ser diferente. E era. Como assim? No passado, os prefeitos podiam ser eficientes no planejamento e na execução das obras e serviços de interesse da comunidade, os deputados podiam ser totalmente bem intencionados e desprovidos de qualquer motivação pessoal, que não fosse apenas e tão somente o bem comum, que a coisa não andava se eles não pertencessem ao mesmo partido do governante detentor das verbas, ou a partidos coligados.

Esta aí uma das grandes diferenças do governo popular do PT: ser republicano.


Observações: (*) Ano de 1996 eu encontrei apenas no título. Todos os convênios que visitei são posteriores à implantação do Portal.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Corrupção nossa de cada dia

A palavra "corrupção" agora virou moda, principalmente se for para criticar a gestão petista, como se antes de 2003 essa prática infame nunca tivesse havido no Brasil.

Estranhamente, chegam aos meus ouvidos que, muitos dos que bradam contra essa epidemia de corrupção, são os mesmos que sonegam impostos que foram regiamente pagos pelos consumidores de seus produtos. Outros, para usufruir das benesses do Governo Federal, tais como o FIES, chegam a serem "adotados" pelos próprios avós no intuito de redução de renda e, portanto, se enquadrar no programa social.

Também tenho notícias de que financiamentos do BNDES, com juros baixos, de longo prazo e com finalidade de investimentos na modernização das empresas, são utilizados, por alguns reclamões do jeito petista de governar,  para adquirir essas grandes caminhonetes da moda que nunca são usadas na atividade do negócio.

O leitor atento vai me alertar de que os beneficiários, tanto do FIES quanto do BNDES, cumprirão os seus compromissos e retornarão os valores ao cofre público. Evidentemente, que sim. Nem estou questionando isso. O fato é que,  se para utilizarmos um financiamento com juros subsidiados,  precisarmos fazer algum tipo de manobra ou acerto significa que não seriamos os beneficiários legais de tal empréstimo. Simples assim.

E quantas outras situações já temos escutado ao longo dos anos. Houve um caso de casamento arranjado no leito de morte, para que a gorda pensão do moribundo pudesse continuar regando os cofres da casa. Sem contar os casos de casamentos não oficializados, principalmente de filhas de oficiais do exército, para que elas possam continuar recebendo pensões até o fim da vida, independente de suas condições financeiras.

O motivo de estar relembrando todos esses pequenos pecados, não é para desculpar a corrupção nas empresas públicas ou nos governos. Mesmo porque, quem cresceu numa cidade no interior do antigo Mato Grosso, que viu muitos prefeitos saírem do cargo mais ricos do que quando entraram, têm nojo de todo e qualquer caso de corrupção. Ao longo dos anos, tenho desenvolvido asco também por esses pequenos deslizes que relatei, que chamarei de "pequenos pecados".

O que me incomoda é o fato de que grande parte da população brasileira desenvolveu uma indignação seletiva aos inúmeros casos ou suspeitas de corrupção. Fica mais fácil bradar contra o que acontece a 900 ou 1000 km de distância do que nos comprometermos com o que ocorre a poucos metros da nossa casa, na prefeitura da nossa cidade, por exemplo.

Outro aspecto é que tanto corrompidos, quanto corruptores, sejam políticos ou empresários, saíram da nossa sociedade, ou seja, são alguns de nós que estão envolvidos no problema. Alguns talvez, ao longo da vida, que foram se acostumando com alguns dos "pequenos pecados", os quais também nós estamos habituados a perdoar no amigo ou em nós próprios,  que quando se deparam com corrupção de cifras astronômicas, já nem se importam mais.  Aí vale tudo, desde que ninguém esteja olhando.